Pesquisar este blog

domingo, 31 de julho de 2011

Um ‘robô’ que separa lixo

Foto(s): Marcos Limonti/Comércio da Franca
Data: 31/07/2011




Danilo Ferreira Roncari e Gustavo Amorim Cezarino, são jovens estudantes de 21 anos e estão no 4º ano do curso Ciência da Computação na Unifran (Universidade de Franca). Como iniciativa para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), os dois embarcaram no projeto intitulado “A Utilização da Robótica no Auxílio da Reciclagem do Lixo” que está sendo pensado e desempenhado durante todo o último ano de faculdade.
Esse extenso nome traduz o objetivo de um protótipo robótico, ainda sem nome, de aparência e medidas modestas, mas com objetivo de facilitar e agilizar uma das principais etapas da reciclagem: a separação dos materiais inorgânicos.
 

O projeto que teve início em julho de 2010, já está com 70% da montagem concluída e tem previsão de término para outubro deste ano. Todo o processo de construção foi elaborado manualmente. Para a finalização da montagem, faltam ainda algumas peças importantes. “Uma das peças restante é um microcontrolador, que é o cérebro do robô, e está vindo dos Estados Unidos. Também tem um sensor de distância que está vindo da China. Temos uma grande dificuldade de comprar peças relacionadas a robótica no mercado nacional, os custos são altos”, disse Danilo.
A aquisição de peças se mostrou um obstáculo. Algumas delas procuradas no mercado nacional não foram encontradas e, quando achadas, eram caras.
O grande desafio da jornada, porém, é que até então não existia sensor competente para diferenciar o plástico do vidro. Entre desistir e criar, a opção foi a segunda; eles conseguiram inventar o equipamento que faz essa diferenciação. Para preservar o invento, que ainda não foi patenteado, os detalhes de funcionamento não foram divulgados.
Sobre a escolha do tema, ambos se mostraram preocupados em aliar tecnologia e sustentabilidade. “As questões ambientais estão aí, os problemas na parte de separação do reciclável já tem grande exposição na mídia e se fala muito em TI verde”, disse Gustavo.
 

Quanto a intenção e viabilidade de tornar o protótipo um produto comercial eles explicam e que a intenção existe, mas que para isso teria que haver maior investimento para aprimorar o robô como melhorar o design, encontrar sensores impermeáveis e adicionar um módulo GPS caso seja utilizado em ambientes externos, para ele se orientar.
 

COMO FUNCIONA
A ideia dos jovens é que o robô faça a captação de lixo em ambientes externos como festas de peão e grandes eventos. Por exemplo: após um show o ambiente ficaria todo sujo e o equipamento já em tamanho maior passaria recolhendo e separando o lixo automaticamente. Para isso será necessário investimentos muito maiores do que foi feito até agora no protótipo.

Entenda o robô
A estrutura do protótipo é composta por policarbonato, material semelhante ao acrílico, porém de maior resistência, jogos de sensores na parte frontal que fazem a identificação dos materiais, duas rodas na parte frontal com tração em ambas, duas esferas de plástico na parte traseira, três compartimentos que armazenam o vidro, plástico e alumínio na parte de cima. A estrutura superior do robô, onde é armazenado os materiais, é feita com madeira, possui uma inclinação para que os objetos deslizem para o compartimento desejado. A madeira possui duas aberturas que são utilizadas como compartimentos que armazenam respectivamente vidro e plástico e atrás do robô possui um terceiro compartimento que armazena a lata de alumínio. A bateria que alimenta o protótipo tem as mesma potência que a usada por centrais de alarmes residenciais.
Verbete: TI VERDE- Termo usado para designar ações que envolvam a tecnologia em favor da prática sustentável nas áreas de produção, gerenciamento, uso e descarte dos equipamentos eletrônicos.


Fonte: http://www.gcn.net.br/jornal/index.php?codigo=138666&codigo_categoria=40

Outras fotos e vídeos: http://danilodene.blogspot.com/2011/07/autonomous-recycling-robot.html